Confira os destaques da Coluna Política
Jorginho em campo
O fim de semana foi movimentado na cena política catarinense. O governador Jorginho Mello (PL) participou da abertura da EFAPI, em Chapecó, ao lado do prefeito João Rodrigues (PSD), anfitrião e, ao que tudo indica, pré-candidato ao governo do Estado em 2026. Mas quem roubou os holofotes foi o próprio governador, que fez discurso de encerramento, anunciou convênios e ordens de serviço e mostrou que, mesmo na casa de um adversário potencial, sabe muito bem como conduzir o roteiro.
Arco de alianças
Ao fim da agenda, o governador deixou um recado direto: “todos os partidos são bem-vindos”. E incluiu o PSD na lista, um gesto diplomático que soa mais como movimento estratégico de quem já articula o cenário de 2026.
Liba no trilho da inovação
O prefeito Liba Fronza esteve em Curitiba para conhecer o Bonde Urbano Digital (BUD), projeto pioneiro que une tecnologia, sustentabilidade e mobilidade inteligente. O modelo, semelhante a um VLT, deve ser testado no Paraná ainda neste ano, e chamou atenção de gestores que pensam em futuro.
Promobis como vitrine
A visita fez parte das ações do Promobis, iniciativa que busca integrar as cidades da AMFRI com soluções modernas de transporte urbano. Liba quer mostrar que o programa não é só um plano técnico, mas uma plataforma de gestão regional, com alcance político crescente.
De gestor a articulador
Nos bastidores, o movimento é lido como mais um passo da sua caminhada rumo à Assembleia Legislativa. Ao associar sua imagem a pautas de inovação e sustentabilidade, Liba se projeta além de Navegantes, construindo um discurso de gestor moderno e regionalista, pronto para disputar espaço em Florianópolis.
Educação e política no mesmo trilho
O gestor da Faculdade Sinergia, Joãozinho Matos, marcou presença na Casa da Agronômica, em Florianópolis, durante a sanção da lei que moderniza os programas FUMDESC e Universidade Gratuita. O evento reuniu lideranças da educação superior catarinense e contou com a presença do governador Jorginho Mello.
Educação como bandeira
A pauta da educação deve ser um dos pilares da pré-candidatura de Joãozinho, que aposta no discurso da formação, inovação e desenvolvimento regional para dialogar com o eleitorado do Litoral Norte e do Vale.
Cotas na linha de tiro
O deputado Alex Brasil (PL) resolveu cutucar um vespeiro ao propor o fim das cotas raciais e sociais em concursos públicos de Santa Catarina. O projeto ainda nem chegou ao plenário, mas já acendeu o debate entre defensores da meritocracia e os que veem na proposta um retrocesso social com endereço ideológico certo.
Discurso de base
Nas redes, Alex Brasil dobrou a aposta: disse que “todos devem disputar em igualdade de condições” e que o projeto apenas corrige distorções. O argumento agrada à ala mais conservadora do PL, mas irrita setores acadêmicos, sindicais e movimentos sociais, terreno fértil para polêmicas, e ele sabe disso.
Estratégia eleitoral
O deputado busca projetar sua imagem junto à base bolsonarista, ocupando o vácuo deixado por parlamentares mais discretos no pós-eleição. A pauta das cotas funciona como megafone político, garantindo manchete, engajamento e fidelização do eleitor mais à direita.
Travessia à deriva
O contrato emergencial do ferry boat entre Navegantes e Itajaí vai até março de 2026, e o que se pergunta nos bastidores é: o governo do Estado vai conseguir publicar o novo edital a tempo, será que realmente vão dar oportunidade para outra empresa assumir a travessia? tenho minhas dúvidas!
Reforma Administrativa em Cena
A Câmara se prepara para votar a reforma administrativa da Casa, e o clima é de silêncio estratégico. Poucos vereadores comentam publicamente as mudanças, especialmente os reajustes salariais para cargos de confiança.
Salários e Controvérsias
O cargo de Diretor de Comunicação Social, antes reservado a jornalistas, agora exige apenas ensino médio, com salário de R$ 8,5 mil. Já o Assessor Parlamentar terá aumento para R$ 7 mil, sem mudança nas qualificações, continua exigindo somente o segundo grau. A combinação de altos salários e exigências reduzidas alimenta debates sobre mérito e favoritismo.
3. Quem terá coragem de dizer “não”?
Nos corredores da Câmara, a pergunta que circula é simples e incômoda, quem vai votar contra? O silêncio de alguns vereadores pesa mais que discursos inflamados.

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