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Navegantes,29/12/2025

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Confira os destaques da Coluna Política

Chapecó no comando… ou comandado?

Mal esfriou a cadeira da Presidência da Câmara e os linguarudos de plantão já estão cantando a mesma música: “Chapecó vai presidir, mas não vai mandar”. A aposta dos corredores é que o novo presidente deve assumir o cargo, mas com controle remoto, daqueles bem potentes, nas mãos de figuras mais influentes dentro do acordo político que o levou ao posto.


Será verdade?

Verdade ou maldade? A resposta só virá em 2026. Mas, como dizem os veteranos do plenário, em certos arranjos, o presidente segura o martelo, mas quem dá a marretada é outro

Servidores decretam Estado de Greve

Os servidores públicos municipais de Navegantes decidiram, por unanimidade, entrar em Estado de Greve durante assembleia realizada pelo Sindifoz. O motivo: a falta de resposta da administração aos principais pleitos da categoria. A medida marca o ponto mais tenso da relação entre governo e funcionalismo nos últimos anos.

Reivindicações ignoradas aumentam insatisfação

Embora o Executivo tenha retirado da Câmara o polêmico PLC 022/2025, praticamente todo o restante da pauta apresentada pelo sindicato segue sem retorno. Entre elas, o cumprimento do piso da enfermagem para técnicos e auxiliares, revisão do decreto 479/2025, debate sobre a LC 478/2025, alterações no PL 56/2025 e a resposta formal à Campanha Salarial 2025. A falta de diálogo elevou a temperatura entre os servidores.

Terceiro mandato disfarçado?

A PEC 12/2022, que acaba com a reeleição e amplia mandatos para cinco anos, ganhou um ingrediente explosivo: a emenda de Ciro Nogueira, que cria uma regra de transição permitindo que prefeitos eleitos em 2020 e reeleitos em 2024 possam disputar novamente em 2028. Na prática, seria um “terceiro mandato consecutivo”, algo que virou alvo de críticas de especialistas em direito eleitoral, que apontam risco de desequilíbrio no jogo político.

Calendário eleitoral pode virar novela

O argumento dos defensores da emenda é que a transição precisa ser gradual para unificar eleições e implementar o fim da reeleição sem rupturas. Mas o efeito colateral dessa manobra pode ser justamente o oposto: prefeitos com vantagem desproporcional nas urnas. A PEC ainda precisa passar por dois turnos no Senado e dois na Câmara, exigindo 3/5 dos votos, e promete acender fogo alto no debate político nas próximas semanas

Popeye vai aumentar sua dose de espinafre mirando 2028?

O presidente do PL de Navegantes, Ademar Popeye, saiu do evento da sigla realizado no dia 14 de novembro, no bairro Meia Praia, reforçando que o partido está organizado, fortalecido e preparado para disputar espaço em 2028. A piada do colunista sobre “espinafre” fica só na metáfora, mas o fato é que Popeye demonstrou apetite político e deixou claro que pode entrar na corrida pela majoritária.

Dobradinha no horizonte?

Quem também chamou atenção no evento foi o vereador Júlio Bento (PSD). A presença dele foi interpretada como um movimento estratégico, e imediatamente surgiram comentários nos bastidores, estaria nascendo uma possível composição Popeye e Júlio Bento para 2028? Oficialmente, ninguém confirma. Extraoficialmente, ninguém nega. E silêncio, na política, quase sempre fala mais que discurso.

Pagamento garantido

Entrou em vigor a lei do deputado Napoleão Bernardes (PSD) obrigando o ferry boat a aceitar cartão de crédito, débito, PIX e dinheiro. A regra é clara: recusou qualquer forma de pagamento, o usuário atravessa de graça e a empresa paga multa de R$ 10 mil por ocorrência. Depois de anos de reclamações sobre “instabilidade no sinal” e outras desculpas criativas, agora não tem como navegar para fora da lei.


Pressão histórica

A empresa que opera a travessia há quatro décadas vinha driblando uma legislação anterior que já pedia alternativa ao dinheiro. Na prática, dificultava o PIX e empurrava o usuário para o pagamento em espécie. A nova lei fecha a torneira dessas manobras e coloca a permissionária sob vigilância redobrada. A paciência do passageiro tinha afundado faz tempo.

Olho vivo na catraca

O deputado Napoleão promete acompanhar de perto o cumprimento da norma. Disse que a lei “é para valer, doa a quem doer”. E, se a empresa insistir no velho costume de complicar o pagamento eletrônico, pode ser que o prejuízo finalmente mude de lado. Depois de tantos anos de queixas, talvez seja a hora de o ferry tentar remar para o século 21.

Nepotismo “legalizado”?

O Supremo Tribunal Federal formou maioria para liberar a nomeação de parentes em cargos de natureza política como secretários, ministros e assessores diretos. A justificativa: essas funções seriam eminentemente políticas, não administrativas, e, portanto, não se enquadrariam na proibição da Súmula Vinculante 13. Na prática, pais, irmãos, cônjuges e filhos poderão ocupar postos estratégicos nos governos, desde que tenham “qualificação técnica e idoneidade”. O debate agora é outro: quem define essa qualificação?

O alerta solitário

O único voto divergente veio de Flávio Dino, que chamou atenção para o risco de transformar reuniões de governo em “almoços de domingo”. Para ele, o princípio da impessoalidade não admite brechas e parentes também deveriam estar impedidos em cargos políticos. Segundo Dino, abrir essa porta significa facilitar o “loteamento familiar” da máquina pública. A maioria do STF pensa diferente… mas o desconforto ficou ecoando fora das togas.



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